Querido diário,
Há um mês estava a entrar na recta final de Compostela. Estava, aliás, acabada de sair do Hospital Universitario de Santiago de Compostela depois de lá ir de urgência por causa de uma cólica renal. Ainda hoje ao almoço contava à minha colega Isabel essa aventura, sem me lembrar que foi precisamente no dia 19 de Julho.
Não que tivesse impedido de continuar a usufruir da minha vida tranquila e feliz lá, mas a verdade é que foi o início do fim e os dias a seguir passaram muito rápido. Demasiado rápido. Pensava nisto justamente esta manhã, enquanto caminhava para chegar ao trabalho: daqui a nada faz um mês que regressei e parece que, no fundo de mim, ainda lá estou.
Acordo muitas vezes com a imagem do quarto da residência e vêm-me muitas vezes à cabeça fotografias nítidas das ruas por onde passava. Como se as de Braga fossem uma espécie de croma-key em que pudessem encaixar as de Compostela e a minha vida pudesse bater certo.
Não que os dias não tenham estado a ser tranquilos, mas começo a acusar a saudade e morriña de uma terra que, em pouco dias, ficou cravada em mim como se fosse minha. Como se fosse a minha casa lá e esta uma alternativa. É bastante estranho não estar mais rodeada das pessoas que lá conheci, como se por umas semanas fosse normal não os ver mas agora fosse já inadmissível!
Os dias no trabalho têm sido muito calmos, e não tarda nada estarei na Festa do Avante! e depois em campanha eleitoral. Mas não sei como vou resolver esta saudade de Compostela e daquelas quatro semanas.
Comentários
Enviar um comentário